O que é bitcoin? Aprenda tudo sobre a maior criptomoeda do mundo
Apesar de ter sido criado em 2009, foi apenas em 2013 que o Bitcoin começou a chamar atenção, quando superou o patamar de US$ 1.000 pela primeira vez. Mesmo assim, foram apenas alguns poucos entusiastas de tecnologia e investidores que realmente entraram neste mundo. Mas foi apenas em 2017 que o mundo inteiro descobriu esta “moeda” e seu potencial para revolucionar o mundo financeiro. Com alta de mais de 1.300% em um ano, o Bitcoin se tornou o assunto mais comentado do mercado.
O problema é que muitas pessoas ainda não entendem o que é o Bitcoin, e muito menos sabe como ele funciona. A discussão começa em como definir o Bitcoin, mas para facilitar, é preciso ter em mente que esta é uma nova classe de ativos, diferente de tudo que você conhece. Apesar de ter moeda no nome, não podemos afirmar que é exatamente dinheiro, mas, entre suas características está a ideia de ser um meio de pagamento.
O Bitcoin não existe fisicamente, o que o torna o primeiro “dinheiro” realmente virtual, diferente do cartão ou das transações on-line, que apesar de não terem cédulas envolvidas, dependem do valor que temos em conta ou dos bancos. Por falar nas instituições financeiras, aí está outro ponto bastante importante: o bitcoin é totalmente descentralizado, não dependendo de nenhum Banco Central para ser emitido ou negociado.
Não se sabe se o bitcoin foi criado por uma pessoa ou um grupo, a única coisa se conhece é que o crédito da criação vai para o anônimo Satoshi Nakamoto. E entre as principais características e vantagens estabelecidas para a criptomoeda é seu limite de oferta, sendo que no máximo irão existir 21 milhões de bitcoins.
Como criar um Bitcoin
Esta moeda digital é produzida por milhares de computadores espalhados pelo mundo. Estas máquinas são mantidas por pessoas, que usam esta força computacional para criar novos bitcoins, além de registrar e aprovar as operações feitas com a moeda.
É onde entra a chamada mineração. De forma resumida, estes computadores resolvem diversos problemas matemáticos – que estão ficando cada vez mais difíceis e por isso a necessidade de máquinas muito potentes – nos quais vão sendo aprovadas as compras e vendas de bitcoins feitas pelos investidores. Enquanto isso, a cada conjunto de problemas resolvidos, ocorre o fechamento de um bloco, levando os mineradores a receberem como recompensa uma fração de bitcoin. Esse sistema constitui o que chamamos de blockchain (corrente de blocos, em tradução livre), que é a base da estrutura do bitcoin e outras moedas digitais.
Por fim, é preciso lembrar da existência de milhares de outras criptomoedas no mundo todo. E por que isso acontece? Basicamente porque cada uma é pensada para resolver um problema diferente. Existem aquelas que querem resolver questões de remessas internacionais, ou para substituir o dinheiro que usamos, ou para serem usada apenas por empresas, e diversos outros projetos. Algumas são boas ideias, outras nem tanto (mas isso veremos mais adiante).
Como comprar bitcoins
Para entrar no mundo das criptomoedas, o caminho mais fácil é abrir uma conta em uma exchange (corretora de moedas digitais). A partir disso, será gerado um código que será a sua wallet (carteira de moedas), e é com isso que você conseguirá adquirir seus novos ativos. Basicamente, será necessário fazer uma transferência para a exchange, para então poder usar o seu saldo na conta para comprar e vender moedas digitais.
Outra forma de comprar, e uma das bases da ideia do bitcoin, é o chamado peer-to-peer (ponto-a-ponto), que nada mais é do que a negociação entre pessoas diretamente. Usando os códigos das carteiras, você pode vender ou comprar bitcoins de qualquer investidor sem precisar da exchange. Neste negócio, é possível encontrar preços diferentes e fugir de taxas e outros problemas que uma intermediadora pode causar.
Diante destes conceitos, é preciso ter em mente ainda que existem diversos outros tipos de wallets. Analistas não recomendam que você deixe seus bitcoins na carteira da exchange, já que, por não ser um mercado regulado, caso a corretora passe por algum problema você pode perder tudo.
É preciso estudar direitinho qual sua intenção neste mercado, mas existem wallets on-line, off-line, as que ficam salvas na nuvem, ou no pen drive. Opções não faltam e o investidor precisa ficar atento aos riscos de cada uma.
Os riscos
Apesar de todos os ideais por trás de sua criação, o bitcoin ainda tem muitos problemas para enfrentar, sendo principalmente a questão regulatória, com alguns países querendo proibir a negociação de criptomoedas.
Além disso, outra questão importante é sua adesão: para ter realmente algum valor, o bitcoin e outras moedas digitais precisam ter utilidade. Os entusiatas defendem que este é o futuro da economia, enquanto quem é contra acredita que tudo isso não passa de uma grande bolha e que estes ativos irão “morrer” em breve. Isso, porém, só o tempo irá provar.
Fonte: InfoMoney